quinta-feira, 23 de março de 2017

No Coração das Trevas DC 3 - Sinestro: A Guerra do Corpo Sinestro 2


A TERRA ENFRENTA O CORPO SINESTRO

No Coração das Trevas DC - Vol 3
Sinestro: A Guerra do Corpo Sinestro Vol 2
Argumento – Geoff Johns e Dave Gibbons
Desenhos – Patrick Gleason e Ivan Reis
Quinta, 23 de Março
Por + 9,90 €
Na primeira parte desta saga épica, considerada por muitos com uma das melhores histórias de sempre do Lanterna Verde, vimos como Sinestro conseguiu reunir um poderoso exército, o Corpo Sinestro. Escolhidos tendo em conta a sua capacidade de instilar o mais profundo terror nos seus adversários, os membros do Corpo Sinestro têm um anel de poder como o dos Lanternas Verdes, só que de cor amarela, precisamente a única cor capaz de tornar ineficaz o poder dos Lanternas Verdes. Contando com aliados poderosos como Parallax e o Anti Monitor, o Corpo Sinestro lançou uma ofensiva em larga escala contra o Corpo dos Lanternas Verdes, que teve o planeta Oa, sede do Corpo dos Lanternas Verdes e lar dos Guardiões do Universo como objectivo principal.
Nesse ataque, para além de infringir pesadas baixas nos seus inimigos, as tropas de Sinestro vão conseguir dois aliados de peso: Superboy Primal e o Super-Homem Ciborgue, que estavam prisioneiros dos Guardiões.
Para agravar a situação Kyle Rayner é capturado pelos homens de Sinestro e enviado para Qward, o mundo de antimatéria, onde se refugia Sinestro, que consegue separar Rayner de Ion (o simbiota que habitava no seu corpo) o que permite que Parallax possua esse corpo e controle a mente de Rayner. Quando a tentativa dos restantes Lanternas Verdes da Terra, Hal Jordan, John Stewart e Guy Gardner de resgatar Rayner, falha, Jordan tem de enfrentar Sinestro sozinho no seu próprio território, em Qward.
Apesar de Hal Jordan conseguir sobreviver ao confronto com Sinestro e de os Lanternas Verdes da Terra conseguirem escapar de Qward e regressar à nossa dimensão a tempo de alertar a Liga da Justiça da ameaça que se dirige para o Planeta Terra, no início deste segundo volume, a parada continua muito alta, com os pratos da balança a penderem claramente para o lado de Sinestro e dos seus aliados, o que poderá obrigar os Guardiões do Universo (que sabiam que todos estes acontecimentos estavam previstos nas profecias contidas no mítico Livro de Oa) a violar as suas próprias leis e romper a sua tradicional neutralidade.
Assim, a batalha contra o Corpo Sinestro atinge o seu clímax na Terra, com o destino do próprio Multiverso em jogo. E a parada está mais alta que nunca, pois Sinestro luta numa frente unida ao lado das maiores ameaças que o Universo DC alguma vez conheceu: Superboy Primal, Parallax, o Super-Homem Ciborgue e o temível Anti Monitor. E se o Anti Monitor e o Superboy Primal já são conhecidos dos leitores desde a Crise nas Terras Infinitas (história publicada em dois volumes na primeira colecção que o Público e a Levoir dedicaram à DC) o mesmo não se pode dizer do Super-Homem Ciborgue.
Antes de se tornar um dos maiores inimigos do Homem de Aço, o Super-Homem Ciborgue era Hank Henshaw, um astronauta da NASA, atingido por uma explosão solar causada por um combate entre o Super-Homem e o Eradicador, durante uma missão no Espaço e que vai culpar o Super-Homem pelo acidente que vai provocar a morte de toda a sua equipa e o deixa às portas da morte, envenenado pela radiação solar. Ao conseguir passar a sua mente para um corpo com partes mecânicas criado pela mesma tecnologia kryptoniana que permitiu a Kal El chegar à Terra e tornar-se o Super-Homem, Henshaw torna-se um oponente à altura do Homem de Aço e dos restantes Heróis da Terra, como veremos no desfecho desta história que vai abrir as portas para que Geoff Johns possa explorar mais em profundidade o coração das Trevas do Universo DC nas revistas do Lanterna Verde. Um processo que irá culminar com a saga Noite Sombria que, quem sabe, poderemos um dia ler em português numa próxima colecção que o Público e a Levoir dediquem à editora de Batman e Super-Homem, de que Johns é uma das principais forças criativas.
Texto publicado originalmente no jornal Público de 17/03/2017

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