quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Liga da Justiça 4 - A Guerra de Darkseid 1

O REGRESSO (E A MORTE) DE DARKSEID

Liga da Justiça: A Guerra de Darkseid
Argumento – Geoff Johns
Desenhos – Jason Fabok e Francis Manapul
Quinta, 30 de Novembro, Por + 10,90 €
Com a publicação de A Guerra de Darkseid, saga que vai ocupar os dois últimos volumes desta colecção dedicada à Liga da Justiça, fica bem evidente a magnitude do trabalho levado a cabo por Geoff Johns com a Liga, que os leitores portugueses puderam acompanhar nas últimas colecções dedicadas ao Universo DC. Um trabalho que, partindo de um profundo conhecimento da história da DC, procura ir mais além, de modo a surpreender o leitor. Como refere Johns. “As coisas que mais gozo me dão fazer, são aquelas que mal posso acreditar como é que ainda ninguém se lembrou de as fazer antes. Como é que ninguém se lembrou de meter o Lex Luthor na Liga da Justiça? Ou, como que ninguém se lembrou de colocar o Darkseid a combater o Anti-Monitor?”
A Guerra de Darkseid é o culminar do percurso de Johns como escritor da Liga, com todos as peças a convergirem para o local onde o escritor as queria. Nas palavras do próprio: “Quando comecei a escrever o Liga da Justiça nº 1, sabia que, pelo menos por um ano, queria que a equipa fosse apenas os sete maiores heróis da DC, mas, em última instância, quem é que eu poderia trazer para essa equipa que fosse capaz de a agitar no final do ano dois? Qual é o maior personagem do Universo DC que toda a gente conhece, alguém que até a minha mãe sabe quem é, mas que seria incrivelmente interessante para a dinâmica da equipa? E esse alguém é o Lex Luthor.
Então tentei perceber o que é que seria necessário para fazer evoluir uma personagem como esse, de modo a transformá-lo num potencial membro da Liga, tanto na sua mente como na de todos os outros, e foi assim que a história Mal Eterno surgiu. Eu sempre soube que queria apresentar o Anti-Monitor de uma maneira nova para que, quando Darkseid voltasse, não fosse apenas Darkseid Segundo Round. Foram esses dois gigantes, grandes vilões loucos, que foram as pedras angulares da minha passagem pela Liga. Darkseid foi uma grande força no começo, e em Mal Eterno, o Anti-Monitor era uma grande força que estava algo escondida. Agora, trouxemos esses dois para a primeira fila em A Guerra de Darkseid.”
Mas neste primeiro volume, que assinala o regresso de Scott Free, o Sr. Milagre, ao Universo DC, o confronto entre o Anti-Monitor e Darkseid não é o único grande conflito deste primeiro volume, em que ficamos a conhecer Graal, a filha de Darkseid e de uma amazona, que vai ser responsável pela morte do seu pai.
Graficamente, Jason Fabok revela-se perfeitamente à altura da dimensão épica da história, superando com distinção o teste de desenhar os maiores heróis da DC. Como o próprio refere: “Eu sempre fiz livros de personagens únicos, mas sempre fui atraído por livros que eram grandes, enormes livros de equipa, onde tenho oportunidade de desenhar cenas delirantes. Eu não estaria preparado para fazer isso há alguns anos atrás, mas com a experiência acumulada e com o que fui aprendendo nesta indústria, sinto-me pronto para o próximo desafio. Estou pronto para fazer a melhor arte de que sou capaz e, espero, a melhor arte que já viram na Liga da Justiça. Esse é o meu objetivo, e Geoff está a dar-me coisas para desenhar que são um verdadeiro sonho, como  o Sr. Milagre. Era uma personagem que sempre quis desenhar!”
Com Darkseid morto e alguns heróis como Batman e o Flash a deixarem-se corromper pelo poder absoluto, o Universo DC como o conhecemos está em profunda transformação, mas será preciso esperar pela 2ª parte, para ver o resultado dessa transformação.
Publicado originalmente no jornal Público de 25/11/2017

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